28 julho, 2011

Ofegante

Não ha como impedir, o coração endurece.
Cada vez que ele não mais arrisca.
Firma o próximo passo.

Aquele que com tanto zêlo guardou
Preservando a sua meninice
Respira, assustado

Tantos tentaram em vão asfixiá-lo
Veja, estar só mais uma vez
Firma o proximo passo

Esconde debaixo da cama
luta e continua vivo
até onde o coração permite
por mais que este o endureça
A ternura que carrega consigo
desaguou força e destreza.

Ainda vivo.

Os peixes jamais deveriam sair do fundo do mar
Seus mistérios estariam para sempre preservados

O menino ainda respira.

Assis Monteiro

Um comentário:

  1. Escrever é arriscar... é por o menino a falar.

    continue sempre. bjos fabi

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