20 dezembro, 2011

Os olhos dela

Perdi o sono, os olhos e a boca
no desasossêgo da silhueta dela
Caminhando o pensamento abrupto
serve ao paladar em conta-gotas

Destila que é pra não gastar de
uma vez, mas hoje e só por hoje
Deixa transbordar essa chaleira
deita teus sonhos em meus póros

Aquece o peito meu, tira os nós
dos braços e, enrosca o pescoço
Nua nuca de lavanda e marapuama
acalma e perturba minha intenção

Novamente perdido
em cada pedaço desse
teu olhar caleidoscópico

Assis Monteiro

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