22 março, 2012

APANHADOS

Há tempos não escrevo poemas
Há tempos não escrevo cadernos
Há tempos não leio seu corpo
A porta bate, alguem me quer lá fora
Fora de controle, o bicho homem vai dormir
A dor mais forte do homem será a fome?
Você tem fome de que?
O que tu queis cume?
Sentimentos reduzidos a razão
Sentimentos que compartilham a mesma mão
A beleza poética salva a pobreza da escrita geométrica
Na dupla mão, ninguém sabe onde uma conversa pode levar.
A mão que transforma o barro é transformada pelo mesmo
Há tempos que o próprio tempo não assume "nada"
Há coisas de "nada" que assumem muitos tempos
No momento da dança, o tempo tu o tempo eu, ritmos nu corpo nu.
Assim ... apanhados.

C.

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