Está presente aquele olhar, preso no redemoinho do liquidificador.
Meias lembranças, alguns momentos inteiros e outros ainda inéditos
Ao mesmo tempo tão vivos no mundo etéreo dos sonhos e das promessas
que quase posso tocá-los na goma da tapioca que esquenta na frigideira
Assim como o bobo sonha do alto do edifício, rabiscando versos no caderno
Eu rasgo os papéis para (re)escrever aquilo que agora estou deste momento,
mesmo em face da ausência,
de toda a mesma indiferença,
olho para trás, olho para frente e sinto chegar um sorriso de infância
e com ele sempre vem a tão esperada gargalhada que me toma.
E novamente eu olho para o chão.
Alguma coisa mudou em mim
Alguma coisa mudou em nós.
"...Por sempre andar, andar, sem nunca parar pequenas coisas vão ficando para trás..." ¹
Chico
1 - Trecho da música Por sempre andar dos Paralamas do Sucesso
A percepção de si em pequenos detalhes da rotina de um dia é um privilégio!
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