08 setembro, 2012

(Des)encaixe

Minhas mãos desenham no ar o seu corpo
procurando o encaixe perfeito das tuas escápulas

Meu peito insiste em guardar um pedaço de nuvem
daqueles que parecem algodão doce

Mas no olhar é que se vê o quanto existe
de ácido e corrosivo, de corpo atravessado

Os pés hesitam em refazer caminhos
os nós dos dedos e cada palavra dita

Olho para as minhas mãos e abraço esta condição!
O que eu poderia temer deste fascínio?

Acho que foi assim, entendendo um pouco de nada
neste momento ainda mais,
vejo o quanto entendo,
um pouco de nada




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