20 fevereiro, 2012

Dilúvio

As palavras de Mr. Orwell tem ganhado forma a cada dia
seres avarentos congratulando e nomeando um novo herói
banalidade amordaçada já faz parte da sua cesta básica

Para onde vão os sonhos? Aonde se escondem as crianças?

Seu juramento de nada me serve, bastaria um sim ou não
levaria consigo essa marca da mentira? da desconfiança?
ao invés disso, responde aquilo que vem do seu coração

Os meus, os teus, onde estarão agora? Tu ainda respira?

Noutras preces eu vi o tempo rompendo a terra em ciclos
Água inundando o sertão, rochas pairando sobre a cidade
Um pássaro-corneta anunciando o que vinha pela frente..

partícula;
gotícula;

mãos em concha esperando o que beber cair do próprio sol
e o primeiro mercenário vendendo pódio em troca de carne
suor em troca de sangue, sangue as custas do pão e circo

Água, bastante água, uma enorme tempestade cair do céu
para lavar os teus olhos e, afogar o circo de horrores

voltar a terra traz beleza e esperança
amizade me faz sorrir e me leva a crer

Não se engane pois sou otimista peço água
todos os dias em minhas preces, peço água.

Francisco de Assis

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