Ele caminha devagar, sem pressa.
Firme em seu passo, em seu propósito
como uma seta disparada em câmera lenta.
Sente na boca o sabor nostálgico do passado,
lê nos olhos de sua filha os mistérios do futuro
e de peito aberto encara a singularidade do presente.
Quantos erros? Quantos acertos? Quantas coisas?
É certo; jamais saberá. Isso não pesa, não se mede.
No íntimo acredita saber uma coisa, alguém deu o "play".
Continua a caminhada tamborilando os dedos no casaco puído,
e batendo as mandíbulas no ritmo da manhã, respirando como se
estivesse saíndo novamente do útero da mãe, naquele momento em que
seus olhos - janelas da alma - se abriram e a luz invadiu seu coração
Ele sabe, é o presente, estar vivo, sentir doer, sentir o amor e a amizade
de cada pessoa querida que com todo o carinho carrega consigo pois atemporal
é o amor de amigo o amor da vida.
E ele caminha devagar, sem pressa.
Francisco de Assis
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