30 agosto, 2011

Um grão de areia

O pensamento leva flores contra a tormenta
O coração bate ansioso, perdido
Procuro buscar forças pra manter a sanidade
Onde estará a música?

Um turbilhão incandescente atravessa o peito
A angústia crava os olhos no chão
De onde vejo, areia engole a casinha sonhada
Onde estará a segurança?

Amigos, parentes, gente que não vejo faz muito tempo
A mistura é amarga, espessa
Também vivo, também sonho, também rolo os dados
Onde estará o bálsamo?

Meus amores, meus viveres, seus amores, seus viveres
No meio de tudo está o punhal
Os olhos se erguem para cravar o horizonte
Onde estará o menino?

Deseinventar-me no meio de tudo e apagar a luz dos olhos
É só o que peço quando durmo
Acreditar que será diferente, que, inabalável é a força que move
Onde estará o interruptor?

Assis Monteiro

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