Há no tempo um "E" que agrada
que desloca o batimento
traz a cor e um sabor
mergulha no tímpano, arrefece a alma
O Poeta diz que vai mas não se mexe
O Sábio se mexe mas não sabe que vai
O Músico espera pra ver quem vai e (se) vai
O Ator esqueceu de ir mas ainda é tempo
Ainda o "E" do tempo, mutável furta-cor
transposto no rosto, saboreado na pele
tatuado no corpo e sentido nos ossos
o sereno das mãos lapidado no olhar
Assis Monteiro
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