28 novembro, 2011

Fora do tempo
(Ou uma pequena homenagem a todos os músicos)

Há no tempo um "E" que agrada
que desloca o batimento
traz a cor e um sabor

mergulha no tímpano, arrefece a alma

O Poeta diz que vai mas não se mexe
O Sábio se mexe mas não sabe que vai
O Músico espera pra ver quem vai e (se) vai
O Ator esqueceu de ir mas ainda é tempo

Ainda o "E" do tempo, mutável furta-cor
transposto no rosto, saboreado na pele
tatuado no corpo e sentido nos ossos
o sereno das mãos lapidado no olhar

Assis Monteiro

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